domingo, 11 de março de 2018


No âmbito do curso de formação PPFP:Pedagogia e Aprendizagem em Plataformas Digitais, foi-nos pedido a criação de uma e-actividade.

Assim. partilho, também por aqui, a que criei.

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O conflito faz parte da vida do ser humano, não é mau nem bom, é natural.
Desde sempre o homem tem vindo a criar métodos e estratégias para lidar com o conflito.

O método que hoje vos trago é bastante recente e foi criado pelo psicólogo norte-americano Marshall Rosenberg e é ensinado há mais que 40 anos por uma rede mundial de mediadores, facilitadores e agentes voluntários, a Comunicação Não Violenta vem sendo utilizada por pessoas que desejam intervir e agir com meios práticos e eficazes a favor da paz.

A Comunicação Não Violenta é baseada nos princípios da não-violência. A CNV começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas (verbais ou físicas) são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante. A CNV também assume que todos compartilham necessidades humanas básicas e que cada uma de nossas acções é uma estratégia para atender a uma ou mais dessas necessidades.”

Na base da Comunicação não violenta existem 4 acções:

1. Fazer uma observação factual;
2. Afirmar o sentimento que vem da observação
3. Declarar qual a necessidade que é causa do sentimento ou adivinhar a necessidade que causou o sentimento na outra pessoa.
4. Fazer um pedido concreto para que a acção encontre a necessidade identificada

Assim, para por em prática a comunicação não violenta no seu dia-a-dia faça o seguinte:

1. Faça observações que estão a levar você a sentir necessidade de dizer algo.
Devem ser observações puramente factuais, sem julgamento ou crítica. Exemplo: “são duas da manhã e eu ouvi o seu rádio a tocar” é um fato observado, enquanto que “já está tarde para fazer essa barulheira” é uma crítica. As pessoas normalmente discordam das críticas por valorizarem as coisas de maneiras diferentes, mas fatos observáveis abrem espaço para a comunicação.

2. Afirme o sentimento que a observação lhe desperta e escute o que o outro está sentindo. 
Nomeie a emoção, sem julgamento moral, permitindo que os interlocutores se conectem e tenham respeito mútuo. Exemplo: “vejo que seu cachorro está correndo por aí latindo e sem coleira. Fico um pouco assustado”.

3. Declare a necessidade que é causa de seu sentimento ou adivinhe a necessidade que causou o sentimento na outra pessoa. 
Quando as nossas necessidades se encontram, temos sensações felizes e agradáveis; quando elas se chocam temos sensações desagradáveis. Ao compreender o sentimento, você pode encontrar a necessidade subjectiva. Afirmar a necessidade, sem julgá-la moralmente, lhe dá clareza sobre o que ocorre no seu coração ou no do outro no instante da conversa.
Exemplo: “vejo que você afasta o olhar quando falo. Sinto-me desconfortável, pois preciso de um pouco de contacto agora”. Estarmos sempre a procurar sanar as nossas necessidades não quer dizer que tenhamos consciência delas nem que saibamos comunicá-las. Pelo contrário, somos treinados culturalmente a mentir sobre como nos sentimos, inclusive para nós mesmos, a ponto de perdermos contacto com o que sentimos de verdade. Assim, para que a comunicação seja construtiva é importante entrarmos em contacto com os nossos sentimentos e idêntica as nossas necessidades bem como comunicá-las ao outro.

4. Faça um pedido concreto para que a acção vá de encontro à necessidade identificada.
Peça de forma clara e específica aquilo que você quer em vez de dar dicas ou afirmar apenas o que não deseja. Para que o pedido seja realmente um pedido, e não uma exigência, permita que a outra pessoa diga não ou proponha alternativas.
Exemplo: “percebi que você não disse nada nos últimos dez minutos. Está-se a sentir aborrecido?” Se a resposta for sim, você pode revelar seu próprio sentimento e propor uma acção: “Gosto muito de falar com estas pessoas, entendo que o mesmo não se passa consigo. Que tal nos encontrarmos daqui a uma hora, quando eu acabar a conversa?”

O desafio que coloco agora é o seguinte:
1. Depois de ler o texto acima partilhado, coloque durante a próxima semana, a comunicação não violenta em acção no seu dia-a-a;
2. Tome atenção à dinâmica criada com esta comunicação;
3. Registe a sua observação e reflicta sobre essa observação;
4. No próximo fim-de-semana, partilhe aqui o que observou, sentiu e o que concluiu.
Bom trabalho! E boas descobertas!


domingo, 11 de fevereiro de 2018




Nada no mundo é estanque e imutável. O mundo e o ser humano estão sempre em constante transformação.
À medida que os anos passam estas transformações são cada vez mais rápidas.
A Internet, é sem dúvida, um catalisador potente da transformação.
A comunicação é cada vez mais veloz, tudo é cada vez mais imediato.
Tudo isto tem aspectos positivos e negativos.
Mas, para efeito desta reflexão, vou focar-me maioritariamente nos aspectos positivos e na educação em concreto.
Não é fácil desligarmos-nos do modelo que conhecemos de ensino, o professor em sala de aula, a debitar matéria, nem sempre em relação directa com os seus alunos, mas fisicamente presente.
Esta é a referência com que crescemos, que é segura, que conhecemos.
Parece-nos quase ineficaz o ensino de outra forma.
No entanto há que dar espaço para a evolução, e há que dar o beneficio da dúvida a outra forma de ensino. Foi o que fiz ao inscrever-me neste curso, quis conhecer esta nova realidade de ensino, como funciona e a sua eficácia.
Devo dizer que até ao momento estou agradavelmente surpreendida.
Neste primeiro tópico foram-nos dadas a conhecer as diversas formas do ensino à distância, o E-learnin, o B-learning, a Educação On-line e a Educação Aberta em Rede.
Todas com as suas especificidades mas todas com algo em comum, nenhuma delas será eficaz se o aluno não tiver vontade de aprender.
Há de facto de haver esta vontade da parte do aluno para que possa aprender, no entanto o mesmo acontece na educação presencial.
Então o que difere? Quais as vantagens deste tipo de ensino, à distância?
Para mim desde logo a flexibilidade do tempo, O aluno poderá organizar-se em termos de tempo e gerir o seu tempo.
Depois a questão espacial, em qualquer lugar eu posso aprender, no caso especifico do E-learning basta que tenha um computador e uma ligação à Internet.
Assim, a educação chegará mais longe e dará a possibilidade, a quem não se pode deslocar aos espaços físicos onde ocorrem  aulas, de aprender.
Depois, e tendo em conta a visão do professor como um facilitador de aprendizagens, o aluno poderá, mediante os desafios que se lhe são propostos, de responder aos mesmos à sua maneira.
Todas as pessoas são diferentes e todos nós temos diferentes formas de aprender, então faz todo o sentido que possamos aprender da forma que melhor soubermos, e responder da nossa forma, sendo esta uma forma personalizada de aprender.
Como tal, penso que esta forma de ensino poderá conseguir o melhor de cada aluno e potenciar as suas capacidades.
Tendo em conta o formato de ensino que se propõe, é de facto importante a auto-disciplina do aluno, o que será mais um aspecto positivo, porque promove a auto-responsabilização.
Este tipo de ensino promove também a partilha de saberes, colocando a tónica na cooperação, o que a mim me parece muito positivo.
Por todas estas razões estou agradavelmente surpreendida e expectante no desenvolver deste curso.


quinta-feira, 18 de janeiro de 2018